HISTÓRIA


             As primeiras tentativas de se criar um sistemas de escrita aconteceram por volta de 4000 a.C. Os sistemas mais rudimentares apareceram muito antes que os primeiros alfabetos ganhassem forma. 
             Em um primeiro momento, as primeiras inscrições eram feitas por meio de desenhos que visavam reproduzir de forma simplificada os conceitos ou coisas a serem representadas. Esse tipo de escrita é usualmente conhecido como escrita pictórica ou hieroglífica. Com o passar do tempo, os sistemas de escrita foram ganhando maior complexidade quando os símbolos passaram a representar sons. 
          A 
ampliação do uso de sinais fonéticos foi criada a partir do momento em que se notava a semelhança dos sons empregados para coisas distintas. Na medida em que surgia a necessidade de criar símbolos distintivos para termos semelhantes, a escrita silábica começou a ser vista como uma maneira eficiente de definir a simbologia empregada nas palavras. Paralelamente, a necessidade de simplificação dos signos escritos foi tornando o sistema mais compacto e funcional. 
            Rojo (2001) nos mostra que os textos e gêneros de textos ligados a essas esferas de poder são os primeiros a serem grafados: contas, contratos, obituários. Além disso até o fim da idade média a escrita era de domínio de poucos. Escrever era um ofício profissional que cabia aos escribas. Estes eram funcionários que estavam ligados aos templos, aos soberanos e ao comércio e trabalhavam como copistas, que transcreviam a mão textos antigos encontrados ou textos novos ditados pelos filósofos. Rojo (2001) ainda nos mostra que quase sempre que o estava escrito não coincidia com o que o autor dizia. Assim texto e grafia eram separados: o autor falava o texto e o escriba escrevia.  Foi com o advento da imprensa e da escrita mecânica que autor e escriba, grafia e texto, escrita e escrito fundiram-se e confundiram-se.






Roxane Rojo (caderno ceale – As relações entre a fala e a escrita)

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